Wednesday, April 20, 2011

LETTER TO BEAUTY

































Dear Beauty..

What are you?
Of course I don’t know what you are. It’s an eloquent question with an impossible answer. But one thing I can tell you about beauty: it opened me new doors, unknown rooms and landscapes. Everyday you drag me behind my limited view and opened up my eyes to places I never imagine they exist. No matter if you come in form of an act of art as a Louise Bourgeois’ sculpture, a Penn’s photograph, a Madame Grès’ dress, a Matisse’s painting, a Bach’s music… a Beatles’ song, a Visconti’s movie… the list is endless. Or you would come in a face, perfect lips, exquisite eyes, smooth hair… you would come in the form of beautiful wrinkles and silver hair or in a child smile. We never know how beauty will come to us in a shinny day or with the unstop rain… we never know in what shape beauty will come surprising us. You not the universe are infinite.


We can only let you catch us and always have the eyes wild open wherever we walk with the eyes or the fingers, through streets, landscapes, internet…dreams. Between us and the world around you are all over the places or in our mind. It’s up to us recognize you and share you in words, acts, objects or maybe in a simple kiss or smile. I kiss the smile and embrace the happiness of find the real beauty inner me. Then I can walk through the fragments of my encounters with you, my love. 

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Querida Beleza,
O que és tu?
Claro que eu não sei o que tu és. Esta é uma pergunta retórica de impossível resposta. Mas, uma coisa te posso dizer acerca de ti própria: A beleza escancarou-me novas portas, lugares e paisagens desconhecidos. Todos os dias me arrastas para além das minhas limitadas vistas e abres-me os olhos para o que eu nem sequer imaginava que existisse. Não interessa se te fazes transportar na forma de um acto de arte como uma escultura de Louise Bourgeois, uma fotografia de Penn, um vestido de Madame Grès, um quadro de Matisse, uma composição de Bach... uma canção dos Beatles, um filme de Visconti... a lista é infinita. Ou, poderás vir simplesmente num rosto desconhecido, em lábios perfeitos, num olhar exótico, na leveza dos cabelos ao vento... ou na forma de lindissimas rugas que acompanham cabelos de prata apanhados num troço, ou no sorriso de uma criança. Nunca sabemos como e quando é que a beleza nos surpreende, se num radioso dia de sol ou na chuva imparável que reproduz em espelho a luz diáfana dos cristais. A beleza e não o universo é infinita.
 
Só podemos deixar que tu nos apanhes e ter sempre os olhos bem abertos quer caminhemos com o olhar ou com os dedos, através das ruas, paisagens, do corpo amado, internet... ou dos sonhos. Entre nós e o mundo que nos cerca tu estás às vezes incógnita à espera que a nossa imaginação te transporte para a realidade. Cabe-nos reconhecer-te e partilhar-te em palavras, actos, objectos ou mesmo através de um simples beijo ou sorriso. Beijo o sorriso e abraço a felicidade sempre que te encontro dentro de mim. Então, posso caminhar através dos fragmentos dos meus encontros contigo, meu amor. 

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